FUSION, TOTAL FUSION!

...ou o que uma professora minha chamaria, coerentemente, de Manguebeat dos Bálcãs...

Por Tais Lobo (taislobo@clipestesia.com.br)

Depois de ter ida à festa Go East, e dançar balkan beat até ficar desidratada, é claro que me inspirei para escrever, aqui, algumas coisas da Sérvia. Eu poderia, na verdade, abrir o leque e escrever sobre os Bálcãs, em sua totalidade e qualidade musical. Mas como o mundo não é tão grande, melhor falar de um país por vez! Então, falemos da Sérvia... ou melhor, daquele pedaço de região que constituiu a antiga Yugoslávia, na qual poderiam entrar, pelo menos, a Sérvia e a Bósnia.

É claro que começarei com meu amado Emir Kusturica, um diretor de Sarajevo, que além de ter dirigido uma série de longas metragens incríveis, gravou outros videoclipes sensacionais da The No Smoking Orchestra, banda da qual é integrante, juntamente ao parceiro honorário de composições, Goran Bregovic.

O maior dos videoclipes talvez seja o de Unza Unza Time, algo como um clipe-manifesto da Unza Unza Music, uma espécie de “manifesto musical” cujo princípio é a fusão “sonoro-cultural”, mesclando punk rock, com jazz, com música latina, música tradicional balcânica e, principalmente, com música cigana... Exemplificando:



Há também clipes de algumas soundtracks do longa-metragem Gato Negro, Gato Branco, também de Kusturica, como Bubamara, bem menos “rock’n’roll” do que o primeiro, em tom mais melancólico, mas, ainda assim, frenetissíssimo:



E voltando à fusão completa, temos o clipe da outra soundtrack do filme supracitado, Pitbull Terrier, uma lambada com um refrão heavy-metal:



E o que o Pará, o Chico Science e o Iron Maiden tem a ver com os Bálcãs?... That’s the world music, amigo!