Uruguaio ou Argentino
Federico Aubelle - Postales
Separados por um rio, Montevidéu e Buenos Aires disputam entre si quase todos aspectos da vida cotidiana. Discutem quem tem o melhor porto, quem tem a menos suja política. Quem é mais européia, quem inventou o mate ou o chimichurri – molho típico da Prata, mas criada pelos negros do interior. Por fim, disputam quem inventou o Tango.
Com o Tango nuevo, esta disputa se acirra.
O declínio do Tango nos anos 50 durou as 4 décadas seguintes. As ditaduras proibiram em ambos países as multidões, acabando com este ritmo baseado na sociabilidade das milongas. O Rock ‘n Roll avançava como seu substituto.
Com os anos 90, o tango ressurgiu. Assim como Piazolla tinha transformado o tango em um ritmo clássico, que poderia ser executado em teatros como o Teatro Colón, DJs e músicos de todo o mundo se reuniram para reerguer o moribundo tango argentino.
Nascia assim o Tango Nuevo.
Tangheto - Mente Fragil
Misturando sons eletrônicos, mcs, cantores de rap, hip hop, rock e outros convidados inesperados, o tango voltava a pertencer a juventude. Os heróis Roca e Sarmiento foram esquecidos e degredados. Viraram nomes de rua e estátuas, mas seus ideais de pureza argentina foram renegados pelos filhos da crise e da ditadura.
E onde entra a disputa entre Uruguai e Argentina nessa história.
São eles as fontes de maior renovação do tango. Nas milongas, ou nas discotecas.
Eletrotango - Tango XXI
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